Palavra do Pastor


E o ano 2012 pode se dizer que já acabou. Será que vivemos?
Por mais incrível possa parecer, chegamos ao final de mais um ano. É de assustar como os dias contemporâneos são tão rápidos. São tão rápido que muitas vezes, quase sempre, se torna impossível percebê-los, absorvê-los, vivê-los. A rapidez com que os dias passam é tão grande que parece que não dá tempo de tirar deles a vida que neles está contida. O grave disso é que não tirar dos dias a vida que neles está contida é sinônimo de dizer que desperdiçamos vida, que não vivemos na totalidade, significa dizer que não vivemos muito do que poderíamos ter vivido. Creio que seja em função disso que sentimos, de quando em vez, essa sensação de saudade, de nostalgia, de vazio. Essa saudade/nostalgia é uma realidade em todo ser humano, mesmo naqueles cujo passado é apenas símbolo de dor e privação, mesmo naqueles que não tem em seu passado nada bom pra lembrar, ao contrário, dele querem se esquecer. Ora, se o passado é mau, de onde vem a saudade/nostalgia? Vem da vida não vivida. A saudade não é do que se viveu, mas sim do que não se viveu. A saudade é do abraço não recebido, do sorriso não dado, do beijo negado, do olhar não trocado, do afeto não compartilhado, da palavra doce que não foi dita, do perdão que não recebeu e(ou) ofereceu, da solidariedade retida, da canção não cantada….da vida não vivida. Os dias são muito rápidos e a vida que neles está contida, sendo não vivida, gera em nós esta horrível sensação de que nos falta algo.
Sendo isso uma realidade, cabe a nós, nesse final de 2012, refletirmos sobre a nossa vida, por que não dizer, nossas vidas, isto é, a vida vivida e a vida desperdiçada. Ousemos fazer uma analise introspectiva e vejamos, mesmo que isso possa gerar alguma dor, qual dessas vidas teve proeminência em nós: a vida que vivemos ou a vida que não vivemos.
Analisemos quantos abraços trocamos e quantos deixamos de dar por causa de amargura ou ira, ambas residentes de corações incapazes de liberar perdão.
Vejamos quantos sorrisos deixaram de adornar nosso rosto e a ambiência na qual vivemos, quem sabe só porque não aprendemos na prática, que “não é o que fazem conosco, mas sim o que nós fazemos com o que fazem conosco” e por causa disso, tornamo-nos seres cinza e ranzinzas.

Tenhamos coragem de admitir quantos beijos deixamos de dar, pra no lugar deles odiar Quantos olhares de carinho e respeito omitimos para, no lugar deles olharmos com reprovação e indiferença. Quantos afetos, carinhos, toques, quantas palavras doces não oferecidas agora azedam nossa alma….quanta vida não vivida, quanta vida não vivida.

Minha oração e esperança é que, esta realidade venha começar em mim, todos nós, homens e mulheres, possamos refletir nesse tempo, o fim de mais um ano, sobre a qualidade de vida que temos vivido. Proponho isso porque se os dias passam tão rápidos a ponto de não podermos viver a vida contida neles, podemos então envelhecer sem viver, e mais, podemos morrer sem ter vivido. Que 2013 seja um ano de pouco desperdício de vida. Que seja um ano de vidas cheias de vida. Que seja um ano que o amor e o de liberar perdão domine as nossas vidas, sim, que o  ano 2013 venhamos exercitar aquilo que deixamos de fazer nos anos que já se foram, que pratiquemos o amor incondicional, a justiça, o perdoar, o respeitar, etc. Se todos se esforçarem a fazerem a sua parte, com certeza seremos mais felizes. Que 2013 seja o prenúncio de um ano, onde se cumpra a promessa de termos vida cheia de Paz, de Alegrias, Prosperidade, vida cheia de vida, lembrando que ser próspero não é quem tem muito, é quem tem o Favor de Deus em suas vidas. Feliz 2013 !!!!!!!
Pr. Liarte e Missionária Marcia.

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